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24 fevereiro 2010

A mala



Por João Malheiro in Destak

O preparador físico do Benfica deslocou-se ao hotel onde estagiava a equipa do Sporting de Braga. Foi de mala, que o mesmo não é dizer de mala cheia, ainda que de generosidade toda.
A mala, de uma marca reputada, até ia vazia. Destinava-se a Rentería, avançado da formação arsenalista que, na ausência de amizades sólidas em Lisboa, solicitou os préstimos de um membro da equipa técnica do Benfica, seu conhecido da temporada anterior na capital minhota.

A mala virou caso. Rentería foi mesmo suspenso. Zelosos, os dirigentes bracarenses entenderam que a mala era sinónimo de promiscuidade. O preparador físico do Benfica no albergue do principal opositor à conquista do título? Ainda por cima de mala? Viram ali um topete repugnante.

Claro que o povo da bola sorriu com a mascarada. Desde quando é que uma mala inocente, levada por um profissional inocente, entregue a um atleta inocente, poderia macular a inocência do acto? Não é esta a altura de pensar e agir a propósito de outras malas que contaminaram e até conspurcaram o futebol nacional? Vale ou não a pena abrir a mala das escutas, vale ou não a pena abrir a mala da corrupção, vale ou não a pena abrir a mala do nepotismo?

De mala aberta, percebe-se a razão pela qual a bola, entre nós, no último quarto de século, nada teve de redonda. Arredondaram-se tantas coisas, sempre em benefício dos mesmos, que a mala de muito encher acabou por estourar. Só que, provadamente, subsistem vestígios e ainda não está enterrada a doutrina da maquinação, essa que tão mal fez ao futebol indígena.

O caso da mala de Rentería não passa de uma tanga, de um apontamento anedótico. Uma boa matéria para inspirar os textos humorísticos com que, semanalmente, entre outros, Ricardo Araújo Pereira, Zé Diogo Quintela e Miguel Sousa Tavares têm brindado a plateia da bola.

1 comentários:

Malheiro descreveu os apontamentos de Miguel Sousa Tavares na perfeição... "textos humorísticos". É que só dão para rir de tantas tretas e invenções que ele dispara quase sempre, contra o glorioso!

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