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28 janeiro 2010

Precisamos do Magnusson



Por Jacinto Lucas Pires in JN

Para falar do Rio Ave - Benfica, ocorrem-me três, quatro hipóteses. Uma seria atacar o assunto a partir daquele “penálti” (carreguem nas aspas, por favor). Mas não, esses extrafutebóis são proibidos nas imediações destas modestas croniquetas. Outra hipótese seria falar do golo da vitória, acentuando a ideia da troca de personagens entre Cardozo e Di María, o “matador” fazendo-se “assistente” e vice-versa. Mas, por aí, cairia no pecado da repetição, que já referi a bondade futebolística do paraguaio em crónica anterior. Uma terceira via (e perdoem-me a expressão) seria tentar um pouco de comédia, aproveitando aquelas duas seguidíssimas bolas ao poste para dar as boas-vindas ao miúdo Kardec. Mas receio que haja um caso mais premente.
Refiro-me a Carlos Martins, o autor do golo 1 em Vila do Conde. Um tiraço que, em menos tempo do que demora a dizer “p-e-t-a-r-d-o!”, levou a bola de um ponto invisível no ar até ao ponto brilhante do golo. Sem alguma raiva interior, Martins não produziria belezas destas, é certo. E, no entanto, mesmo dando todos os descontos, o facto é que o português anda excessivamente zangado. Zangado com tudo: com os colegas se estes não lhe passam a bola, com o destino se o remate lhe sai torto, com Jesus se o mister decide substituí-lo. E o pior é que o amuo já começa a afectar outros. Desde logo, Aimar, pois... Mas não é grave, não se preocupem, encontrei a solução. Não sei se Rui Costa me está a ouvir. Se não, alguém lhe passe a mensagem, por favor. A solução é simples: contratar Magnusson como psicólogo à paisana. Estou a falar a sério. O Benfica precisa de alegria e ele é o Falstaff que nunca tivemos. Se olharmos para trás, podemos descortinar vários Hamlets, uma procissão imensa de figuras vicentinas (Anjos, Diabos e toda a gama entre um e outro), alguns beckettianos solitários, etc. Mas Falstaff não há nenhum, e é uma pena.
No sábado, contra o Vitória de Guimarães, temos de entrar em campo com a alma forte de quem gosta do que faz. Alegria, alegria. E, nos momentos mais duros, caros artistas, se algum frio repentino vos desorganizar o espírito, façam-me um favor. Pensem no nosso grande, gigante, genial Mats Falstaff Magnusson.

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