Pinto da Costa jornalista da BOLA

Por Vítor Serpa in A Bola

SEGUNDO testemunhou a agência Lusa, Pinto da Costa esteve de volta ao seu antigo Colégio das Caldinhas e aproveitou para recordar a razão pela qual não tinha prosseguido a sua veia jornalística: «só não fui jornalista desportivo porque quando concorri para o jornal A BOLA disseram-me que tinha de dizer mal de mim, senão não escrevia lá. Como achei que não devia dizer mal de mim, desisti» - brincou o presidente do FC Porto. Curiosamente, ao serem lidas, depois, algumas das crónicas assinadas pelo, então, prometedor jornalista ficaram a descoberto as verdadeiras razões que impediram a sua entrada no team de A BOLA. Ainda segundo a Lusa, no ano da graça de 1955, Pinto da Costa já acompanhava de perto os jogos da equipa do colégio, mas apenas dizia bem de dois jogadores: dele próprio e de Pinto de Sousa, que continou sempre a ser seu particular amigo e viria, mais tarde, a ser presidente do Conselho de Arbitragem da FPF. E foi afinal por isso mesmo, porque Pinto da Costa só admitia ser jornalista de A BOLA se só pudesse dizer bem dele próprio e dos seus melhores amigos, que ficou às portas de um grande jornal e de uma gloriosa carreira no jornalismo desportivo e no jornal A BOLA que, pelo que se vê, continua a ser sua grande referência.
Mais de cinquenta anos depois, Pinto da Costa admite manter muitas das orientações que conheceu no seu velho colégio e depois de declamar algumas poesias de Régio e de Cesário acentuou a sua habitual e bem-sucedida ironia declamando 'É urgente o amor' de Eugénio de Andrade e culminando, assim, a sua aplaudida presença na 'Semana da Paz'.

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