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13 novembro 2009

Crónica de José Manuel Delgado


E Jesus recriou o inferno...

Frente aos mesmos adversários, em casa, o Benfica 'vale' mais dois pontos.
Não é isso que explica mais 11.083 espectadores por jogo...

Por José Manuel Delgado in A Bola

É preciso recuar a 1982/83, ano de estreia de Sven-Goran Eriksson na Luz, para se encontrar um Benfica tão convincente, do ponto de vista dos resultados e das exibições, como este de Jorge Jesus. Nessa já distante época, os encarnados venceram Campeonato e Taça de Portugal e atingiram a final da Taça UEFA. Começaram o Campeonato Nacional com umas incríveis onze vitórias seguidas e nos primeiros cinco jogos em casa, marcaram 16 golos e sofreram um. Entretanto, na UEFA, despacharam Bétis e Lokeren nas duas primeiras eliminatórias com quatro vitórias. É essa equipa (que tinha como onze-base: Bento; Pietra, Humberto Coelho, Bastos Lopes e Veloso; Shéu-Han e João Alves; Carlos Manuel, Nené, Filipovic e Chalana) que começa a sentir-se 'ameaçada' pelo apetite goleador dos pupilos de Jorge Jesus e ainda por exibições de grande nível do actual Benfica, onde Javi García e Aimar representam Shéu e Alves, Ramires é Carlos Manuel e Di María, Chalana, enquanto que Saviola/Nené e Óscar Cardozo/Filipovic traduzem a complementaridade de uma boa dupla atacante. E na defesa, o patrão era Humberto, agora é Luisão. É verdade que este Benfica não tem um guarda-redes com a classe, o traquejo e sobretudo o carisma do fantástico Manuel Bento. Mas não se pode ter tudo...

De 2008/09 para 2009/10

Quem olhar para a tabela classificativa e comparar, à décima jornada, os 25 pontos do Benfica de Jesus com os 22 do Benfica de Quique poderá não ficar muito impressionado. E se tomarmos apenas os jogos em casa por referência, esta época o Benfica tem 13 pontos e há um ano tinha 11 (e já tinha recebido FC Porto e Sporting...). Quando se chega as golos as coisas começam a ser diferentes: a equipa de Jesus, na Luz, marcou 21 golos; a de Quique tinha marcado nove; a equipa de Jesus sofreu três golos; a de Quique tinha sofrido seis.

Mas é na qualidade das exibições que se encontra o clique que explica a maré vermelha que tem inundado este princípio de época. Os adeptos, cépticos, apesar do início positivo de Quique, nunca aderiram plenamente ao futebol do espanhol, muito mais de contenção, onde a colocação das pedras não correspondia nem à realidade do Benfica, nem ao estilo dos adversários.

Como será, então, possível traduzir esta afirmação em números que tornem palpável o que, de outra forma, poderia não representar mais do que uma opinião?

A resposta está na comparação das assistências na Luz, entre 2008/09 e 2009/10, precisamente nestes cinco jogos já disputados.

Há um ano acorreram à Nova Catedral para ver Marítimo, V. Setúbal, Leixões, Nacional e Naval, 171.873 espectadores. Esta época essa cifra passou para 227.291, o que representa transitar de uma média de 34.373 adeptos por jogo para 45.458, ou seja, mais 11.085 espectadores.

Abono de família

Se a estes números, já de si impressionantes, acrescentarmos, o acréscimo de adeptos que presenciaram o Benfica fora de casa nos cinco jogos também realizados, verificamos (usando, para o U. Leiria, os números de 2007/08) que enquanto que na última época o Benfica foi visto em Guimarães, Braga, Restelo, paços de Ferreira e Leiria por 61.348 espectadores esta temporada foram 96.505 a ver os encarnados ao vivo fora de portas...

Significa isto que as melhores exibições e o ambiente gerado em torno da equipa de Jorge Jesus fez com que os 10 jogos do Benfica na Liga Sagres fossem vistos, nos estádios, por mais 90.581 espectadores, relativamente à época anterior.

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