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04 novembro 2009

Crónica de Jacinto Lucas Pires


Sejamos todos quenianos

Por Jacinto Lucas Pires in JN

Entrevistado para a rádio antes do jogo, um adepto que se dizia 60% do Benfica e 40% do Braga, apostava numa goleada do Glorioso. “Basta começar”, explicava ele. E tinha toda a razão, acertou mesmo na mosca. O que aconteceu sábado no centro do belo desenho de Souto Moura foi tão simples quanto isso. (Pelo menos, se nos concentrarmos no que é estritamente futebolístico.) Não foi nenhum desastre, nenhuma tragédia, só isso: a goleada não começou. O tempo foi passando e a coisa lá acabou como tinha começado, ou quase. Com uma derrota. Nada de terrível, caros amigos, não façam essas caras, não desanimem assim. Se fosse tudo muito fácil, tudo de quatro golinhos para cima, não dava gozo nenhum e a história estaria mal escrita. Vencer tem de implicar esforço, surpresa, contrariedade, conquista. Não citarei nenhum grego mas vem em todos os livros.

Noto agora que me saiu uma frasezinha reticente, “se nos concentrarmos no que é estritamente futebolístico...”. A propósito, deixem-me abrir um parêntesis para falarmos mais à vontade.
(Aqui, onde ninguém nos ouve, quero dizer-lhes que já sabia. Sim, sem saber, ou mal sabendo, já sabia. Na última crónica avisei que estes textos não gostavam de túneis, queriam era bola no pé. E, no entanto, a realidadezinha parece que nos quer puxar sempre para aí, uma e outra vez. A tentação é grande, claro, caros amigos. Fazer frases bombásticas, dar pancadinhas malvadas, pôr a pose habitual do cínico inteligente. Mas não, resisto. Seguro-me à cadeira e não me deixo arrastar. Politiquices foleiras e jogos de túneis obscuros, isso não me interessa para nada. Mesmo estupefacto perante a imaginação do árbitro no lance em que o Luisão marcou um golo que não contou, não vou por aí. Não, não. Bem, era só este desabafo. Que fique entre nós, sim? Fechemos mas é o parêntesis danado.)
Agora, contra o Everton, é para recomeçar. Peguemos o futebol onde o deixámos antes da excursão minhota. Sejamos todos quenianos como o grande Ramires. Nunca os relvados viram príncipe mais modesto e mais certeiro. É ali – ali e no trabalho de sentinela de Javi García – que as vitórias começam. E, com este Benfica, já se sabe, “basta começar”.

1 comentários:

Acho que essencialmente o Benfica têm de manter a calma, e não se deixar provocar. Isto vai acontecer muitas vezes, os adversários vão-se aproveitar desta renovada paixão futebolística para a transformar em raiva, através de provocações antes e depois dos jogos. Se os jogadores do Benfica "alinharem" neste jogo (que não sendo bonito faz parte do espectáculo) vão ter muitas dificuldades em jogarem como tem jogado até agora.

O que aconteceu em Braga foi isso mesmo. Um discurso de conveniência de um treinador adversário que só fala das arbitragens quando não o favorecem (típico...), um presidente que já sabemos em quem é fiel, e começou a intrigar muito antes do jogo, e claro está os jogadores em campo que armaram aquele "barraco" no túnel.

Vai acontecer muito, estejam preparados. Uma coisa é certa um campeão, como acredito que o benfica será, têm de se manter acima destas coisas. Apenas futebol e as belas jogadas interessam ao Glorioso.

Pedro

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