Nobel Jesus
Por João Malheiro in Destak.pt
Os detractores do Benfica resmungam sempre com as pré-temporadas, ademais desde que o clube perdeu a supremacia nacional. Crónico campeão de Verão, o clube da Luz espalhafata reforços, congrega multidões, parangona os jornais. O País veste sempre de vermelho-vivo. É a cor da esperança nos meses em que o sol bate com furor.
E que culpa tem o Benfica? Quem é que desengarrafa o sol da ilusão? Os outros, sempre os outros. Periódicos, rádios e televisões vendem mais com a ilusão Benfica. Vendem tanto como tanto castigam. Castigam sem dó sempre que as fantasias, mais tarde, se esfumam. E voltam a vender em chorrilho. Impotente, o Benfica faz de inocente útil nesse processo de voragem informativa. Informativa ou desinformativa? No mínimo, comercial.
Resta ao Benfica ganhar. Resta ao Benfica confirmar a ilusão da pré-época. Este ano, a viagem prossegue de mão dada com o devaneio. Assim até ganham todos. E no final? Quem é que ganha? Os outros ganham sempre, o Benfica ganhará ou não.
Entregar o título ao Benfica no defeso é como entregar o Nobel da Paz a Obama. Para além de sinais, o que é que a administração americana fez, na competição política a sério, pelo desanuviamento no mundo? Quantos golos marcou Obama, por melhor jogador que indicie ser, na baliza dos conflitos internacionais?
Ainda assim, dá para acreditar mais no belicismo competitivo de Jesus do que no pacifismo político de Obama. Vale um Nobel?
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1 comentários:
Boa crónica.
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