Um português na Luz
Por José António Saraiva in Record
O Benfica teve grandes treinadores estrangeiros. Treinadores que deixaram saudades: Otto Glória, Bella Gutmann, Fernando Riera, Eriksson, para só citar os mais lembrados.
Com estes treinadores, o Benfica viveu anos de ouro. E os nomes de alguns deles "misturam-se" com os de algumas lendas do futebol encarnado: Costa Pereira, Germano, Coluna, José Augusto, Águas, Simões, Eusébio.
Para um benfiquista, lembrar essas épocas é um pouco como Portugal reviver os tempos do Império. É o passado, todos sabem; mas é um passado glorioso.
Esses tempos áureos vividos com grandes treinadores estrangeiros criaram no clube a ideia de que só um estrangeiro pode ter sucesso à frente da equipa. Ainda por cima, experiências mal sucedidas com técnicos portugueses - Artur Jorge, Toni (no tempo de Vilarinho) ou Fernando Santos - só contribuíram para cimentar esta ideia.
Por isso, muitos benfiquistas torceram o nariz à contratação de Jorge Jesus. "É impossível um treinador português ter sucesso no Benfica!", diziam.
Hoje, esses contestatários, se não estão convencidos, pelo menos calaram-se. Os argumentos começam a escassear-lhes. A sucessão de goleadas só com muito boa vontade pode ser explicada pela sorte ou por fatores estranhos ao jogo. A realidade impõe-se aos preconceitos.
Mas voltando à questão do treinador, dizia há dias Gentil Gomes, segurança do prédio onde trabalho: "O Benfica tinha de ter um treinador estrangeiro quando os jogadores eram todos portugueses; como agora são quase todos estrangeiros, tem de ser um treinador português." Confesso que nunca tinha visto o problema assim. Mas lá que é bem observado, não há dúvida!
Mais do que mau perder, Guardiola está a aprender a perder
-
"Estava marcado um jogo de futebol para crianças em Nova Iorque, banal nas
entranhas, com pais babados prontos a assistirem em redor, mas o árbitro
não a...
0 comentários:
Enviar um comentário
Qual a tua opinião?
Usa e abusa deste formulário para tecer as tuas ideias em defesa do GLORIOSO SLB!!