A obediência a Jorge Jesus
Por Sílvio Cervan in A Bola
A vitória do Benfica no passado domingo, no Restelo, foi um passo importante no caminho da solidez competitiva. Em Belém cumprimos mais um trinta-avos do caminho rumo ao título de Campeões Nacionais que muito me agrada.Gostei de Ramires, de Javi García, gostei dos centrais, gostei de Jorge Jesus. Não sei o que se passa. Eu que nunca gosto de nada, dou comigo a gostar de quase de tudo. Estou descaracterizado.
O BATE Borsisov é daquelas equipas que menos desejo numa prova europeia. Primeiro, não tem nome nem prestígio que justifique uma boa receita financeira. Segundo, acarreta uma longa deslocação que, em tempo de Inverno, se torna ainda mais difícil. Terceiro, porque futebolisticamente são campeões da Bielorrússia, uma equipa fisicamente preparada, que no ano passado jogou a fase de grupos da Liga dos Campeões com bons resultados e até com surpresas com a qualidade dos empates contra a Juventus.
Ontem, no Estádio da Luz, o Benfica mostrou ser uma equipa disciplinada e obediente ao seu treinador. Jorge Jesus tinha dito «vamos ganhar mas não golear» e o Benfica quando chegou aos 2-0 parou imediatamente de marcar golos para não desobedecer às instruções do seu timoneiro.
Espero que cumpram em Leiria as ordens que receberem porque o jogo será de máximo risco e máxima dificuldade.
Sinal positivo também para a vitória do Sporting na Holanda, com um hat-trick fantástico do português Liedson e para o jogo corajoso do FC Porto em Londres.
Jogar em Stamford Bridge nunca é fácil e o FC Porto mostrou competência. Se Hulk jogasse e marcasse tantos golos como faz capas do jornal «O Jogo», o FC Porto seria candidato a vencer a Champions.
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