O "monstro" acordou?
Por Paulo Garcia in SIC online
Como em tudo na vida, vale cada vez mais a pena viver o momento e deixar o futuro nas mãos "dos deuses". Sendo assim, é um regalo para a vista ver este Benfica jogar, correr, dar espectáculo! Chegará para ser campeão, perante um FC Porto mais forte e consistente do que na época passada? A ver vamos. Animem-se amantes do futebol em Portugal. A festa ainda só está a começar...
É que se o "monstro" realmente acordou em toda a sua plenitude, então há razões para crer numa batalha competitiva sem tréguas, pela primeira vez em mais de 20 anos. O tempo o dirá se há razões para acreditar na "ressurreição" deste Benfica.
Para mim não está nas vitórias conseguidas a verdadeira razão para acreditar no "regresso", mas sim num conjunto de vicissitudes, de pormenores, de sinais que têm rodeado este arranque de temporada "encarnada".
Primeiro: o regresso em força de um "carisma" muito próprio que há muitos anos tinha desaparecido, fruto de uma linguagem e de uma maneira de estar (treinador em primeiro lugar), que levou a uma aproximação às "bases" mais populares e ortodoxas do clube. As tais bases que durante os últimos 20 anos se recusaram a viver no presente, preferindo navegar - "com um orgulho muito seu" e por falta de alternativa - no passado. Há, por isso, um sinal claro de mudança "nas hostes", que, mesmo não sendo palpável (para já), se sente estar a acontecer.
Segundo: a recuperação (outra vez por força do perfil do treinador), de uma convicção que durante anos e anos a fio, marcou o trajecto umbilical do Benfica clube - a convicção de que para vestir "a camisola" não chega ser "jeitoso", é necessário, para além de "bom de bola", ter capacidade de sofrimento, lutar até à exaustão, suar até ao limite das capacidades. Durante os últimos vinte anos, ficou quase sempre a sensação de que os "novos" jogadores, que anos e anos a fio desembarcaram na Luz, utilizaram o clube apenas e só para se "abrigarem", em vez de o utilizarem como valorização profissional e como rampa de lançamento para uma carreira auspiciosa. Parece que deixou de o ser...
Terceiro: o sinal (que já ninguém esconde) de que há convicção no trabalho que está a ser realizado diariamente. Acreditam cegamente (todos), que este é o caminho certo que os irá levar ao paraíso das vitórias. Jogam de prego a fundo do primeiro ao último minuto e ainda deixam ficar a sensação de que vão "chateados" para o balneário. E como é que esta sensação de bem-estar ultrapassou as paredes do Seixal e da Luz? Através da crença e da alegria que os jogadores do Benfica põem em campo, mesmo quando as coisas (como aconteceu em Guimarães) não estão a sair como o previsto. E isso, obviamente, contagia e de que maneira...
Chegará tudo isto para o Benfica ter a garantia de uma época de sucesso? Claro que não. A "procissão" ainda nem no adro entrou. Falta palmilhar muito caminho. Falta perceber se há "pedalada" para aguentar, jogo a jogo, competição a competição, a "onda vermelha" que, se não for controlada e disciplinada, se poderá transformar num enorme tsunami.
E por uma outra razão gigantesca: o Benfica não está sozinho nesta "batalha".
Para além de um Sporting sempre posicionado para aproveitar (como tem acontecido nos ultimos anos) o que resta e sobra dos dramas, dos fantasmas e das falhas do seu grande rival, há do outro lado "um grande FC Porto" que está (sem fazer ondas e deixando ao Benfica, como sempre, as despesas de uma mediatização sufocante) ainda mais forte e consistente do que na época passada.
O FC Porto só aparentemente anda distraído. Reforçou-se bem, em especial nas zonas onde poderia "abanar". Falcao é um grande jogador e substituiu Lisandro sem grande dificuldade. Vai fazer uma dupla terrível com Hulk e ainda sobram Rodríguez, Varela, Farias, etc, etc. A falta de Lucho é muito mais fácil de ser colmatada, até pelo baixo rendimento do argentino na temporada passada, onde praticamente não "calçou". E tem Bruno Alves!
Antero Henrique (provavelmente o grande sucessor de Pinto da Costa) foi simples e muito claro: "O FC Porto tem de estar preparado para um dos campeonatos mais difíceis da sua história".
Será que sim?
Chegará tudo isto para o Benfica ter a garantia de uma época de sucesso? Claro que não. A "procissão" ainda nem no adro entrou. Falta palmilhar muito caminho. Falta perceber se há "pedalada" para aguentar, jogo a jogo, competição a competição, a "onda vermelha" que, se não for controlada e disciplinada, se poderá transformar num enorme tsunami.
E por uma outra razão gigantesca: o Benfica não está sozinho nesta "batalha".
Para além de um Sporting sempre posicionado para aproveitar (como tem acontecido nos ultimos anos) o que resta e sobra dos dramas, dos fantasmas e das falhas do seu grande rival, há do outro lado "um grande FC Porto" que está (sem fazer ondas e deixando ao Benfica, como sempre, as despesas de uma mediatização sufocante) ainda mais forte e consistente do que na época passada.
O FC Porto só aparentemente anda distraído. Reforçou-se bem, em especial nas zonas onde poderia "abanar". Falcao é um grande jogador e substituiu Lisandro sem grande dificuldade. Vai fazer uma dupla terrível com Hulk e ainda sobram Rodríguez, Varela, Farias, etc, etc. A falta de Lucho é muito mais fácil de ser colmatada, até pelo baixo rendimento do argentino na temporada passada, onde praticamente não "calçou". E tem Bruno Alves!
Antero Henrique (provavelmente o grande sucessor de Pinto da Costa) foi simples e muito claro: "O FC Porto tem de estar preparado para um dos campeonatos mais difíceis da sua história".
Será que sim?
2 comentários:
este Paulo Garcia e um grandecissimo paneleiro.....
... é um pateta!!!
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