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26 agosto 2009

Crónicas de Luís Freitas Lobo

A táctica individual

Fechar espaços ou jogadores?


Por Luís Freitas Lobo in A Bola


A táctica individual

DUAS jornadas e chovem críticas ao futebol praticado. Principais alvos: os treinadores e o «futebol defensivo». É uma crítica vazia. Tal como o rótulo «futebol de ataque». Porque o jogo é, por natureza, inquebrantável. Mas os jogos estão, de facto, fracos. E há, claramente, um problema táctico, mas não de natureza colectiva. Porque neste ponto as equipas raramente se desequilibram. Sabem posicionar-se. Trabalho do treinador, sobretudo. O problema está, depois, na forma como os jogadores resolvem os lances. Não é só o défice técnico (passe e recepção). É, sobretudo, uma questão de táctica… individual. Ou seja, depois de ter a bola, o jogador tomar a decisão certa (passar, segurar, avançar) sobre o que fazer com ela. Processo simultâneo a quem, sem bola, move-se a seu lado para lhe dar soluções. É raro ver uma boa recepção orientada. Só assim existe bom futebol. A defender ou a atacar. É este o grande problema do nosso futebol. As enormes limitações dos jogadores a ler o jogo em cada lance que entram. A cultura táctica individual.


Fechar espaços ou jogadores?

QUANDO entram em campo, as equipas pensam o jogo de diversas formas, mas um factor que trespassa qualquer estratégia é o medo terrível que têm de ficar em inferioridade numérica a defender. É uma questão táctica, claro, mas também mental. Muito desse estado de alma táctico nasce de um pré-conceito de jogo que emerge sobretudo contra os grandes: em vez de fechar espaços à bola, fechar espaços a jogadores. Não se trata de marcações individuais em vez da zona. Trata-se de não distinguir os melhores espaços de pressão para recuperar a bola e lançar o contra-ataque. Pensei nisso ao ver o Nacional jogar no Dragão. Já sentira o mesmo contra o Sporting. Sentido posicional imperturbável na linha defensiva mas, na primeira linha do meio-campo, não se detectava capacidade para interceptar linhas de passe. Dá vantagem espacial ao adversário para que se aproxime da sua baliza. Sem isso, não consegue temporizar depois a saída de bola. Tenta-a fazer sempre individualmente em velocidade (Salino) mas raramente entra depois pelas zonas mais favoráveis.

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