Benfica avança aposta de risco
Por Vítor Serpa in A Bola
NAS últimas duas épocas o Benfica somou um investimento que se aproxima dos 50 milhões de euros. Muito dinheiro para um clube português, num tempo de crise e sem especiais contrapartidas, nem do ponto de vista das receitas desportivas, nem das receitas extraordinárias. Este Benfica , que há dois anos muito compra, praticamente, não vende. Pelo menos não vende por forma a equilibrar a sua descompensada balança de pagamentos.
Trata-se, como é óbvio, de uma estratégia de risco. Vieira não se conforma com a ausência de resultados desportivos, com o afastamento do Benfica da grande e principal montra do futebol europeu; e muito menos se conforma com a hegemonia, praticamente indisputada, do FC Porto.
Para inverter o ciclo perdedor do Benfica e ganhador do FC Porto, o presidente do Benfica voltou a apostar num esforço financeiro que, no entanto, não terá deixado de ter o apoio controlado das mais fortes entidades bancárias com que o Benfica trabalha.
Ou seja: sabendo-se como os actuais clubes portugueses, especialmente os maiores, estão ligados aos interesses da banca, e sabendo-se que, em momento tão sensível do país, a banca não incita a loucuras, admite-se que os cinquenta milhões que o Benfica acaba por investir nestes dois anos tenham um inevitável factor de risco, mas não sejam propriamente uma aventura irresponsável e, muito menos, uma aventura isolada.
Certo é que Vieira aposta tudo numa viragem rápida da história recente do futebol português, o que, por si só, gera grande expectativa para a época que já muito se aproxima.
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