Crónicas de Sílvio Cervan

CR9, Eusébio, Lucho e eleições

Por Sílvio Cervan in A Bola

NA passada segunda-feira, muitos terão considerado um exagero o espectáculo mediático montado à volta da apresentação de Cristiano Ronaldo. Eu fiquei impressionado e agradecido. Impressionado pelo número de Taças dos Campeões Europeus que saíram do Museu do Bernabéu para ficarem ali a mostrar a grandeza de um Real Madrid de ontem e de hoje; agradecido porque não fosse Eusébio e estava lá mais uma. Como não podia estar a Taça estava o 'Robin dos Bosques' que a trouxe para as nossas paragens.

Eusébio é como o Real Madrid, enorme e intemporal, por isso o Real Madrid o escolheu para aquele cenário. Só nos dias seguintes percebi a razão porque uma simples apresentação causava tanta urticária aos meus amigos portistas.

Como tenho dito e escrito de forma exaustiva, não queria muitas compras, eu gostava era de manter a base da equipa do ano passado, para que somada a capacidade de Jorge Jesus se possa confirmar a nossa candidatura aos títulos. Nesta semana, o FC Porto vendeu Lucho e Lisandro, provavelmente num acto de boa gestão; mas quero aqui deixar o meu tributo a quatro anos de futebol inteligente e apaixonante de Lucho Gonzalez, um dos melhores jogadores que vi com aquela camisola. É um alívio vê-lo sair, porque o adversário fica necessariamente menos forte. Quem gosta de futebol tem que gostar de Lucho.

Na passada sexta-feira, mais de 20 mil benfiquistas foram votar de forma esmagadora, e tantos discursos, opiniões e artigos pré-escritos tiveram que ser rasgados. Quem os não rasgou passou pelo fait divers do enxovalho público, quem corrigiu o tiro mostrou respeito pelo Benfica.
O Benfica é um clube onde se festejam títulos e conquistas, não onde se festejam resultados eleitorais. Vamos assim aos resultados que todos esperamos e pelos quais lutamos, os desportivos.

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