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12 abril 2009

Crónicas de Ricardo Araújo Pereira no Jornal abola


Mas afinal o que é isto?

DEPOIS da péssima exibição contra o Estrela da Amadora, que
valeu três pontos, o Benfica fez um jogo bastante razoável contra a Académica e perdeu em casa. Eu sei que o barrote parou duas, e o árbitro, entre outras habilidades, transformou um lance que só podia ser penalty ou golo numa falta a favor da Académica, mas confesso que estou um bocadinho cansado de ver o Benfica a jogar com um número 10 a extremo-esquerdo, um extremo-esquerdo a extremo-direito, e tenho dificuldade em perceber a razão pela qual Katsouranis e Moreira estão no banco. Gosto de projectos de futuro, com alicerces sólidos, mas se o Benfica joga pior agora do que no princípio da temporada, que futuro nos espera para o ano? Dizem-me que os treinos de Quique Flores são de um profissionalismo irrepreensível, e que aqueles jogadores rendem durante a semana muito mais do que depois se vê nos jogos, e eu acredito, mas ou passamos a jogar todas as partidas no Caixa Futebol Campus ou é preciso perceber qual é a alteração, climatérica ou outra, que nos anda a corroer a qualidade do futebol praticado fora do concelho do Seixal. No fim do jogo com a Académica, Quique Flores disse que a bola não tinha entrado e que, lá está, o futebol é isto — mas a verdade é que o futebol só é isto quando se perde. Quando se ganha, não é bem isto. Ninguém ouviu Klinsmann, depois de dar 7-1 a uns desgraçados quaisquer, dizer «Fußball ist dieser». Só quando as coisas correm mal é que o futebol é isto. E eu estou tão farto disto, amigos…

A equipa que este ano levou 4-0 do Arsenal e 4-1 do sportem foi esta semana colocada no topo do Mundo por causa de um empate. Do Benfica, que não tem jogado nada (e, contra o Estrela, jogou ainda um pouco menos), a imprensa diz que, de facto, não tem jogado nada. No entanto, à partida para a presente jornada, a equipa que está no topo do Mundo e a que não joga nada estavam separadas por 5 pontos. Um empate e uma derrota, em 23 jogos, distinguem a completa maravilha da miséria total. Agora imaginem que o Benfica jogava um bocadinho à bola — só um bocadinho. Aparentemente, bastava.

UM acaso feliz permitiu que Bayern Munique e Barcelona pudessem disputar os quartos-de-final da Liga dos Campeões e também um troféu particular: a Taça dos Clubes Que Este Ano Espetaram Cabazadas No Sporting. O Barcelona, que se apresentou nesta final a duas mãos em desvantagem (com uns modestos 8-3, em comparação com os bonitos 12-1 do Bayern), recuperou e encontra-se agora à frente através — o que é curioso — precisamente de uma cabazada. Acompanharei com interesse a segunda mão deste prestigiado troféu, que é seguido também com muito gosto, creio, em centenas de lares de sportinguistas: «Olha, os espanhóis que nos deram 8 estão a dar 4 aos alemães que nos deram 12.» O futebol, assim, dá gosto.

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