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05 maio 2011

Aquilo que conta


Caso o futebol dinâmico e consistente do FC Porto não seja acometido por nenhuma síncope durante a visita a Espanha, na Liga “do nosso contentamento” há um dos duelos já resolvido. Com Falcão a subir ao céu (e tem tempo de salto para isso...), com Guarín a dar razão a Jesualdo, mesmo “a título póstumo”, com Hulk a regressar ao seu posto de municiador depois de se ter encarregado da componente executiva, com Fernando majestoso, com Moutinho como mais-valia incontestável e a fazer sorrir aqueles que o compraram como “maçã podre”, com Helton no melhor ano de sempre, Rolando em confirmação, Otamendi em plena adaptação e Alvaro Pereira sempre como um TGV, com tudo isto e um treinador que calou muitas dúvidas, incluindo internas, e suscitou novos entusiasmos, incluindo externos, parece estar entregue – e bem – uma parte da final de Dublin.

Daí à bravata, vai um passo. Ora há pouco mais de um ano, executivos e torcedores portistas desvalorizaram a então estreante Liga Europa – que era de segunda, uma taça de consolação, uma quase repescagem. Porquê? Simples. Por essa altura (quartos-de-final) só lá andava uma equipa portuguesa, a do Benfica, e era preciso baixar a cotação. Volvida uma época e não tendo o FC Porto chegado à Liga dos Campeões por demérito próprio e por facilitismo com o Braga, o discurso já mudou. Agora, já nem o Real Madrid os travaria (!) e esta equipa já só se equipara à de 1987. Mais umas épocas e ainda vamos perceber que o clube de Pinto da Costa ganhou a Liga dos Campeões de 2004 contra o técnico setubalense...

Do outro lado, Benfica ou Braga. Insisto: para os minhotos, a missão está mais do que cumprida e, a menos que a substituição de Domingos e a renovação do plantel se transformem em desastres, a Europa terá outra atenção quando vir aparecer o nome destes guerreiros do Minho. Pena, nesta maré europeia, os incidentes de domingo, porventura sinais de que a beatificação dos túneis do estádio do Braga, que alguns pretendiam, teria sido um erro crasso – e vamos ver que provas se juntam agora...

Quanto ao Benfica, pasmo ao ouvir a tese de alguns adeptos, que dão como preferível a eliminação frente ao Braga do que a humilhação na final frente ao FC Porto. Cada vez percebo menos: então agora, o dado é querer perder por “falta de comparência”? Entrega-se assim o percurso centenário de um clube que só ganhou provas europeias quando as suas possibilidades de êxito eram consideradas ínfimas (contra Barcelona e Real Madrid)? Quando despertei para o futebol, a frase “sem medos” era voz corrente no Estádio da Luz. Não valerá a pena, aproveitando os saberes acumulados, usando a experiência desta época, recuperá-la e enfiá-la na bagagem para a Irlanda?

1 comentários:

O João Gobern tanto no desporto como na política é um sr., pois sabe do que fala e não tem medo de dizer o que pensa.

Miguel

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