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04 fevereiro 2011

Erros meus, erros teus

Não é preciso ser mágico para reforçar, quase 24 horas depois do clássico da Taça, que o momento das equipas faz a diferença. O Benfica está melhor, muito melhor, do que quando saiu do Dragão com uma goleada das antigas, em novembro do ano passado. O FC Porto não está tão assertivo, confiante, corrosivo, explosivo como era nessa altura em constância e regularidade e foi nesse jogo.

Mas há um pormenor que pode ter escapado, mesmo após tantas análises, e esse grande pormenor tem a ver com a forma como Jorge Jesus aprendeu com os erros que cometeu. O treinador do Benfica não soube só ser humilde para os reconhecer e, mais do que isso, abordou este jogo com uma estratégia bem diferente. Em vez de jogar em função das armas dos dragões, como o fez no jogo do campeonato, procurou, acima de tudo, anular as principais armas do adversário. Naquele jogo de posse que desta vez traiu o FC Porto os nomes de João Moutinho e Belluschi são peças fundamentais e Jorge Jesus sabia que era necessário anular a entrada do passe para quem tem melhores ideias a servir os avançados. Lá na frente, Hulk nem necessitava de ser anulado porque, como todos sabemos, ele anula-se quando está na posição 9, apesar de alguns jogos em que conseguiu disfarçar essa evidência à custa de muita voluntariedade e espontaniedade.

Claro que aquele golo de Fábio Coentrão fez muita mossa, mas o dado novo no desequilíbrio da balança já estava introduzido quando se soube quem ia jogar. Este é um daqueles jogos em que as decisões de um treinador fazem a diferença e Jorge Jesus também começou a ganhar quando André Villas-Boas decidiu-se pela convocatória. Sem Fucile no onze, como parecia uma obrigatoriedade e sem Walter no banco, como parecia natural, os dragões deram logo o flanco e agora só falta saber se André Villas-Boas também vai aprender com os erros como aprendeu Jorge Jesus.

No meio disto tudo, há um “patinho feio”, como lhe chamou Jorge Jesus, que foi fundamental na tal estratégia de anular as principais armas do adversário. A César o que é de César, que teve um jogo para mais tarde recordar. Aliás, no plano na estratégia aliada à tática este é um clássico que vai servir para muitos estudiosos. Até mesmo para André Villas-Boas que, convenhamos, já sabe que quem errou desta vez foi ele...

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