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11 novembro 2010

Terroristas, desportistas ou apenas pessoas com tempo livre?

De volta de uma semana de interregno – causada por uma bronquite macaca – e em semana de goleada do Futebol Clube do Porto ao Sport Lisboa e Benfica (dois clubes de que eu gosto genuinamente, a seguir ao meu Belém e ao Vigor da Mocidade, de Coimbra) e de cimeira da Nato, separados por dias, não posso deixar duas ou três questões filosóficas em cima da mesa, baseadas em headlines relacionados com o clássico de domingo e a cimeira que hoje começa (oficialmente).

“Autocarro do Benfica chega ao Porto em segurança”; “… numa operação que envolveu um enorme aparato policial para garantir que não existiam incidentes como na última época... O autocarro do Benfica chegou ao Porto há alguns minutos em segurança e sem quaisquer problemas. No entanto, a proteção foi assegurada por um enorme dispositivo policial… Aliás, o aparato policial bloqueou a circulação… com sete carros de polícia e cinco motas a protegerem a equipa encarnada que amanhã defronta o FC Porto no estádio do Dragão...”

Bonito! E depois vêm dizer que são os Black Blocks que vão destruir Lisboa, como fizeram em Toronto. Quem ler estas descrições, pensa que Obama já cá está, que os Black Blocks já começaram a fazer estragos e depois, claro, faltam os marcianos que gostavam de ser desportistas, terroristas, mas são pessoas que afinal têm muito tempo livre nas mãos e não são nem uma coisa nem outra.

Já no que refere aos desportistas, como os treinadores, sempre que leio declarações de Jorge Jesus juro que até me fazem aflição. São sempre as mesmas: "Benfica não tem muita margem para falhar” e “Não temos crédito de pontos.” A resposta, sr. Jesus, é Victan. Para crises de ansiedade. E olhe que simpatizo consigo. Agora, perdido que está o jogo de domingo, meta-se no vosso excelente Wellness Center (e que tem um hammam que mete o do Ritz a um canto) e só saia de lá quando tiver feito:

1) três massagens de pedras quentes;

2) uma esfoliação ao corpo seguida de duche Vichy para arejar as tácticas e last but not least;

3) duas massagens de shiatsu para descomprimir, seguida de uma de óleos orientais para cheirar a flores como nos presságios dos milagres.

Entre o SIS, o MAI e o Vitória de Guimarães a diferença também não é nenhuma: anda tudo com a mania da perseguição. Ora, o clube minhoto anunciou, em comunicado oficial, a decisão de vedar as assembleias-gerais aos órgãos de comunicação social, reservando-as apenas para os sócios, de modo preservar a privacidade dos assuntos da família vitoriana. Desculpem???! Mas isto é o quê? Uma sociedade secreta? Já me podiam ter dito, homessa!

Resumindo: espera-se uma quarta-feira calma, mais calma que o domingo passado – que nem correu mal ao nível de vidros partidos e fogo posto – com desportivismo das facções terroristas que se esperam em Lisboa. Mas acima de tudo, o que eu receio mais, não são nem os terroristas nem os hooligans. São as pessoas com muito tempo livre nas mãos. Que nos pés, isso têm os desportistas e passam a vida a suar. Porque esta crónica é para todos eles: adeptos, jogadores, árbitros, jornalistas ou treinadores. Os verdadeiros desportistas.

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