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07 maio 2010

Ataque especulativo - Por Jacinto Lucas Pires



Por Jacinto Lucas Pires in JN

Água fria, amigos. É como diz a canção, não é? “Água fria da Ribeira...” Baldes e baldes, toneladas de frio. Quando Luisão, o nosso capitão-faraó, fez o golo do empate – um verdadeiro achado, um golo positivamente desenterrado de uma brutal confusão de pernas e pés –, até comecei a ouvir música. Parecia que já estava, já não havia volta a dar-lhe. Além do mais, fazia todo o sentido que um jogo assim de nervos acabasse simétrico, com golos dos defesa-centrais, um de cada lado. Mas depois – pum, aquele balde de Farías. E depois ainda outro, ai, aquele inexplicável golão de Belluschi. Uma bola que sobe violentíssima e, de repente, chh, perde o peso todo, cai para dentro. De um momento para o outro, lá se foi a música. Ficou só a letra daquele pop antigo do Variações, “É p’ra amanhã mas bem podias fazer hoje...”
Como um azar nunca vem só, ou como não há duas sem três (escolha o leitor o dito mais apropriado), o Braga conseguiu ganhar ao Paços com mais um golito de Meyong. Tudo muito certo, fazem o trabalho deles. Falta fazermos nós o nosso. Aliás, acho que deste Braga só se pode dizer bem. Num país de PME’s, onde tantas ideias boas não conseguem dar o salto, o exemplo arsenalista é de aplaudir. Digo mais: que continuem assim para o ano, e para o outro, e para o outro. Seria muito bom se o Braga, o Guimarães (que, em número de adeptos, já é o “quarto grande”), o Nacional e mais uma ou outra equipa, conseguissem subir ao campeonato do título. Se, em vez de três, tivéssemos seis ou sete clubes a lutar pelo primeiro lugar, a bola ficaria mais contente, com toda a certeza. (E as vitórias benfiquistas seriam ainda mais saborosas...)

Pois é, mas agora acabemos com as cerimónias, caros amigos. Agora é hora de fac-tu-rar. Levantar a cabeça, arregaçar as mangas e meter cinco, seis batatas na baliza do Rio Ave. O que se passou no Dragão não foi bonito, é óbvio, toneladas de água fria, pois – mas não foi mais do que um terrível “ataque especulativo”. Agora temos de voltar à relva e mostrar a força da “economia real” das nossas chuteiras. Para terminar em beleza, sim, por favor? Lembrem-se: arte e golos, suor e brilho. Cabeça fria para chegarmos vivos à festa louca.

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