Por José António Saraiva in Record
Com a vitória de ontem sobre o Sporting, o Benfica ficou a um passo do título. Mas não é isso o que importa mais.
Claro que é importante ganhar campeonatos. Mas também é importante ganhá-los com brilho. O campeonato ganho por Trapattoni soube a pouco porque foi ganho sem brilho: com empates a zero, golos duvidosos e uma tática demasiado defensiva. Por isso, os adeptos nunca vibraram nessa época como têm vibrado este ano.
Assim, o mais importante, esta época, foi a recuperação do Benfica, a reconciliação da equipa com o seu público, a revolução no futebol do clube. Porque isso prenuncia o regresso aos tempos gloriosos.
A equipa pode até cometer erros primários, como cometeu em Liverpool, mas já ninguém tem dúvidas sobre a capacidade do treinador e dos jogadores.
Foi este Benfica unido, com o presidente, o diretor-desportivo, o treinador e os adeptos a puxarem para o mesmo lado, que recuperou esta época.
Tem-se falado muito em Jesus - e justamente. Ele "ressuscitou o 3.º anel", como se diz num livro. Mas é devida uma palavra de louvor a Luís Filipe Vieira, que devolveu ao clube a estabilidade que lhe faltava. A dupla Vieira-Jesus tem condições para ser no Benfica o que foi a aliança Pinto da Costa-Pedroto no FC Porto.
Repito: o Benfica até pode perder este campeonato. O Deportivo da Corunha perdeu o campeonato espanhol no último minuto de um célebre jogo, falhando um penálti. Mas, aconteça o que acontecer, o que esta época significou foi o regresso à Luz de uma grande esperança. Se este grupo se mantiver no essencial, o Benfica pode voltar a sonhar com feitos notáveis a nível nacional e europeu.
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