Por Víctor Serpa in A Bola
DEPOIS da complicada vitória na Figueira da Foz, o Benfica atinge um primeiro objectivo nesta sua ansiosa, mas consistente, corrida para o título: já lhe faltam menos jogos do que pontos de diferença para o seu mais directo perseguidor, um teimoso Sporting de Braga que continua a desafiar todas as leis das probabilidades do futebol português.
Com mais ou menos facilidade, a equipa de Jorge Jesus continua a superar barreiras. Desta vez, chegou, mesmo, a consentir uma desvantagem preocupante, quando a Naval chegou a dois-a-zero. Rapidamente a equipa deu a volta por cima, ainda antes do intervalo virou o resultado, na segunda parte voltou a marcar e terminou o jogo numa gestão de meios humanos e de energias, mais com o pensamento em Liverpool do que na Figueira.
Os benfiquistas optimistas garantem que o título já não foge. Os pessimistas lembram que ainda faltam jogos muito complicados, principalmente com o Sporting e com o FC Porto. Os realistas assumem que os títulos só se ganham quando matematicamente é impossível perdê-los, mas não hesitam em admitir que só um qualquer inesperado e improvável cataclismo evitará a conquista do título maior do futebol português.
Faltam, apenas, cinco jornadas, o Benfica leva seis pontos de avanço sobre o Braga e onze sobre o Porto. Apesar de inevitavelmente fatigada, até porque continua em duas frentes, mantém-se a coerência das exibições e a consistência dos resultados. A verdade é que não há túnel que faça escurecer o indiscutível mérito da liderança benfiquista.
2 comentários:
Caro BoyGenius, pegando nas palavras do V.Serpa, sou dos benfiquistas realistas.
Abraço.
Sem dúvida o melhor futebol. Este campeonato se for ganho pelo Benfica foi no terreno de jogo não nos túneis como querem que seja, foi com espectáculo com brio e com merecimento, mas quem quer desvalorizar aquilo que é claro que é evidente, esquecesse como ganhou muitos campeonatos, porque de facto para se ser campeão tem que se ter dignidade nas vitórias (sem corrupções, sem se instalar medos e violências) e nas derrotas, mas, enfim, vozes de burro não chegam ao céu e os cães ladram e a caravana passa.
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