Por Hugo Vasconcelos in A Bola
CONFIRMA-SE: bater num assistente de recinto desportivo, vulgo steward, vale o mesmo que bater num jogador ou no público e muito menos que bater, até que tentar bater, num árbitro, num treinador ou num massagista.
Podem pintar o caso Hulk e Sapunaru como quiserem, mas a verdade é esta: o que estava em causa na parte final era apenas saber se os stewards são «intervenientes no jogo com direito de acesso ou permanência no recinto desportivo».
O CJ acha que não e por isso Hulk e Sapunaru devem ser punidos por agressões ao público; a CD da Liga achara que sim e por isso as penas iniciais de quatro e seis meses.
Não sei quem tem razão, sei que cada vez acredito menos na justiça, desportiva ou outra. O que torna este caso ridículo é a figura da suspensão preventiva. Se o quarto árbitro do Benfica-FC Porto não tivesse visto as agressões no momento e expulsado logo os jogadores, Hulk e Sapunaru poderiam ter continuado a jogar. Teriam falhado os jogos entre a decisão inicial da Liga e agora a do CJ, muito longe dos 14 jogos a mais que Hulk cumpriu...
Parece-me obrigatório mudar isso nos regulamentos. Mas parece-me haver algo ainda mais grave: lembra-se do golpe de kung fu de Cantona contra um adepto, há mais de 15 anos, quando jogava no Man. United? Foi suspenso por oito meses. Em Portugal, hoje, com os actuais regulamentos, o máximo que levaria eram quatro jogos...
Quanto ao presidente da Comissão Disciplinar, levou um soco em cheio do CJ e quem ainda há-de ser punido é ele próprio. Seria o FC Porto campeão com Hulk? Impossível dizer, e por isso difícil quantificar uma qualquer indemnização pedida. Mas que foi prejudicado, isso é impossível negar...
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