Por Pedro Candeias in ionline
A capital de Portugal lidera o mercado de transferências. Não há igual na Europa
Nem tudo o que luz é ouro e o dinheiro nem sempre é verde? Verdade, verdadinha, diriam as gentes de Portugal. Mas Pimenta Machado é que a sabia toda quando disse que "no futebol, o que hoje é verdade, amanhã é mentira". No amanhã que é hoje, tudo o que Luz é mesmo ouro para o Benfica e o dinheiro é sempre verde para o Sporting: a estes não têm faltado meios para comprar. Ao primeiro, nos saldos de Verão e de Inverno; ao segundo, só nos de Inverno. Seja como for, em Benfica e Alvalade moram grandes que querem viver à altura dos pergaminhos - nesta pré-reabertura de mercado, ninguém foi às compras como eles. E Lisboa passou de cidade periférica a centro de toda a agitação desportiva nestes tempos mortos em que só o futebol inglês dá sinal de vida. E, quando a transferência de Florent Sinama-Pongolle para o Sporting é abertura de noticiários na Eurosport, está tudo dito: é em Lisboa, e não em Madrid ou Londres, que tudo se tem passado neste mês.
CÁ DENTRO Vamos a números: o Sporting vai à frente com 9,5 milhões de euros gastos por João Pereira e Sinama-Pongolle. O Benfica segue logo atrás e estima-se que já tenha gasto 7 milhões de euros entre Alan Kardec, Airton e Éder Luis. São 16,5 milhões a sair de Lisboa com destino ao Rio de Janeiro, a Belo Horizonte, a Braga e a Madrid. É muito, num país que está em crise aguda.
E até dia 31 de Janeiro de 2010 (quando oficialmente fecha o mercado) ninguém duvida de que os valores irão subir na bolsa lisboeta - o Sporting irá comprar outros dois jogadores (pelo menos) e o Benfica pensa num defesa, enquanto não se define a situação do cobiçado David Luiz.
LÁ FORA No resto da Europa, nos ditos campeonatos maiores (Premier League, La Liga, Serie A, Bundesliga e Ligue 1), só na Alemanha e na Itália é que clubes candidatos ao título se chegaram à frente com dinheiro vivo: o Schalke 04 gastou 700 mil euros com Bodgan Müller e o Milan comprou Dominic Adiyah por um milhão e 380 mil euros. E o que são dois milhões e 80 mil euros para os dois grandes de Lisboa? Trocos, evidentemente.
Em Inglaterra, só o Manchester United é que se mexeu, ao resgatar o miúdo Mame Biram Diouf sem custos. Já Arsenal, Chelsea e Liverpool têm os quilómetros a zero. Em Espanha, nem Real Madrid, nem Barcelona investiram, mas os merengues estão obrigados a procurar alternativa a Pepe (lesionado) - David Luiz está entre os substitutos sondados. Em França, mais do mesmo: o Lyon está parado, o Marselha idem e o Bordéus aspas, aspas. Tudo à espera do primeiro movimento.
No MEIO O primeiro tiro foi dado em Lisboa mas a corrida ao ouro ainda não arrancou a sério. Foi uma espécie de falsa partida que os juízes não viram ou decidiram não sancionar. Os grandes e mais experientes pescadores estão à espera da truta gorda que salte contra a corrente.
Kun Agüero (Atlético de Madrid), David Villa e David Silva (Valência), Vidic e Nani (Manchester United), Di María (Benfica), Luca Toni (Bayern Munique), Pandev (Lazio), Pavlyuchenko (Tottenham) - são peixe graúdo em cima das mesas de transferências. A venda de qualquer um destes jogadores, que se prevê vir a ser feita por altos valores, desencadeará um efeito de arrasto no mercado do Velho Continente. É a teoria do caos e do bater de asas da borboleta.
1 comentários:
Já descobri quem foram os bandidos que me furaram os canos do petroleo que vêm de sines aqui pra casa...
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