A dupla formada por Cardozo e Saviola tem-se mostrado insaciável e chega ao início de Dezembro com registos imbatíveis nos últimos 45 anos no Benfica. Juntos, o paraguaio e o argentino somam 31 golos. E é preciso recuar até 1964/65 para encontrar números melhores a 6 de Dezembro, data do último jogo oficial dos encarnados. A proeza foi conseguida por Eusébio e José Torres, que chegaram a esta altura da temporada com 35 golos. Números que não espantam, já que se tratam do primeiro e quarto melhores marcadores da história do clube, com 473 e 226 golos, respectivamente.
No domingo, frente à Académica, Saviola e Cardozo confirmaram a tendência para bater recordes. Com o hat trick apontado, o paraguaio passou a contabilizar 19 golos em todas as competições, 14 dos quais no campeonato - ultrapassou o total da época passada, em que chegou aos 17. El Conejo não apresenta uma contabilidade tão estratosférica, mas já leva 12 golos marcados. Juntando os números dos dois, verifica-se que 54 por cento dos 57 golos feitos pelo Benfica de Jorge Jesus foram entregues pela temível dupla sul-americana.
Em 1964/65, Eusébio chegou ao final da temporada com 48 golos apontados em todas as competições, o que contribuiu muito para a Bola de Ouro que lhe foi atribuída pela revista France Football para melhor jogador europeu. José Torres, o bom gigante do ataque, marcou 35. Números muito significativos, mesmo para um ataque que chegou ao final da temporada com a impressionante marca de 157 golos marcados nos 46 jogos disputados em todas as competições. Nesta temporada, o Benfica chegou à final da Taça de Portugal (que perdeu por 3-1 para o Setúbal) e à da Taça dos Campeões Europeus, conquistada pelo Inter de Milão com um triunfo por 1-0.
Nos últimos 10 anos, o melhor que os avançados encarnados conseguiram foi, por três vezes, atingir os 17 golos a 6 de Dezembro. Primeiro em 00/01, com a dupla constituída por Van Hooijdonk e João Tomás; depois em 2004/05, época do último título encarnado, com Simão e Nuno Gomes a assumir as despesas atacantes; e por último, na época seguinte, com os protagonistas a manterem-se, embora aqui o actual capitão encarnado tenha chegado ao final da temporada à frente de Simão.
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