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15 outubro 2009

Crónicas

Teimosia e firmeza

Por João Gobern in Record

Faltava-nos esta - no momento em que os céus pareciam limpar-se das nuvens de tempestade que, por meses, pairaram sobre a Seleção Nacional, na ocasião precisa em que Portugal voltou ao privilégio de "depender de si próprio", perdemos Cristiano Ronaldo. Antes de mais, por ter agravado uma lesão que começou nos pés negligentes de um defesa do Marselha e que se agravou no passado sábado, no Estádio da Luz. Pior ainda: a utilização do jogador parece ter desencadeado uma guerra quase sem precedentes entre nós: de um lado está o seu clube, representado pelo implacável Jorge Valdano; do outro, a Seleção, naturalmente personificada por Carlos Queiroz.

No centro da polémica, depois de confirmado o agravamento da lesão que o afastará do jogo desta noite, dos dois encontros portugueses no playoff e de 8-partidas-8 do Real Madrid, está um alegado veto do clube espanhol à viagem do internacional até Guimarães, para estar com os parceiros de Seleção e, se tudo correr como desejamos, festejar a passagem à fase seguinte.

Ronaldo arriscou - e confessou. O seu voluntarismo, com ou sem cumplicidade dos médicos da Seleção, não deixava alternativa ao selecionador. Correu mal para o jogador o que correu na perfeição para o coletivo. Ainda assim, por mais direito que lhe assista enquanto entidade empregadora, parece estranha e desmedida a reação do Real Madrid e, em particular, de Valdano - ele, que foi jogador e dos bons, sabe que em nome das cores nacionais se faz das tripas coração, se ultrapassam dores, se esquecem riscos. E o passo de gigante da Seleção frente à Hungria não teria o mesmo alcance se Ronaldo não tivesse contribuído, nem que fosse por 27 minutos. Haja bom senso e haja diálogo, para evitar arrependimentos futuros.

Do outro lado das notícias, o desempenho meritório do Benfica começa a registar "contrapartidas": os clubes da Europa rica começam a lançar as respetivas redes na direção dos que mais se destacam na Luz. Aparentemente, chegou a vez de Aimar (o tal que não tinha recuperação e vinha acabar a carreira a um clima quente, mas já dá cartas na seleção da Argentina) e de Ramires, cobiçados desde Itália a Inglaterra.

Adivinha-se um período em que vai ser precisa diplomacia, sagacidade negocial, sentido de equilíbrio e... mística. Porque o Benfica ainda não ganhou nada - a não ser a espantosa maré de adeptos que tanto preocupa os seus rivais. E porque Luís Filipe Vieira prometeu um mandato focado nos êxitos desportivos. Não lhe basta a "boa onda", a valorização do plantel, o acerto na escolha do técnico, a criação de medidas de gestão adequadas: vai precisar de muita firmeza. Os benfiquistas contam com isso. E com Ramires, e com Aimar...

3 comentários:

Caro Benfiquista
Mais uma crónica de categoria.
Mas olhe que eu acho que ele já escreveu hoje outra.
Se a colocar aqui no seu cantinho, escuso de clicar na página da internet. E é menos uma visita que o pasquim record contabiliza e de que se pode gabar.
Eu prefiro as notícias da blogesfera Benfiquista.

Eu como estou a fazer greve ao Record, ou vejo na blogosfera ou não vejo ;)

Eu vou direito aos artigos de Opinião, para poder "postalos" aqui!! ;)

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