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14 setembro 2009

Crónicas de João Vieira Pinto


A análise de JVP in O Jogo


Belenenses 0 - 4 Benfica


1 Saviola nos momentos decisivos do jogo
Importantíssimo o papel desempenhado por Saviola. Primeiro a marcar um golo fantástico, pleno de capacidade técnica e sentido de oportunidade, mesmo considerando a felicidade com que ganhou o ressalto na cara de Nélson. Um momento determinante para desencravar um jogo que, por essa altura, o Belenenses parecia ter conseguido equilibrar e que colocou o Benfica na sua posição favorita: em vantagem no marcador. De resto, a equipa de Jorge Jesus conseguiu marcar em alturas decisivas, e o momento do jogo tem de ser o segundo golo, apontado por Cardozo, com assistência de Saviola. O Belenenses tinha entrado para a segunda parte com vontade de reagir à desvantagem, e a troca de André Pires por Lima aproximou a equipa da casa da baliza de Quim, mas o segundo golo do Benfica acabou com o jogo e com a concentração dos jogadores do Belenenses, que multiplicaram os espaços por onde os encarnados acabaram por chegar à goleada.


2 Dinâmica ofensiva demolidora
É fundamental sublinhar a dinâmica ofensiva que o Benfica vem demonstrando, e que se revela demolidora. A velocidade que a equipa de Jesus impõe ao seu jogo, com transições muito rápidas, exige jogadores com grande capacidade técnica e em excelente momento de forma, como são os casos de Aimar, mas também de Javi García e Ramires. O primeiro é fundamental para equilibrar a equipa no meio-campo, dando liberdade aos companheiros da frente para se soltarem na exploração do ataque. Ramires, por seu lado, revela uma grande inteligência táctica, quer na forma como faz a cobertura dos companheiros - ontem compensou várias vezes as subidas de Rúben Amorim - quer na ocupação dos espaços ofensivos, o que ontem lhe permitiu marcar o último golo da partida.


3 Uma goleada, três objectivos cumpridos
Para lá das considerações sobre como o Benfica chegou à goleada, interessa frisar que esta serviu para mais do que a mera soma dos três pontos em discussão. Desde logo porque caucionou os 8-1 frente ao Setúbal, demonstrando que a goleada da jornada anterior foi tudo menos acidental. Depois porque impediu a fuga do FC Porto numa altura em que é fundamental não perder de vista os primeiros lugares e os principais rivais na corrida pelo título. E finalmente porque, depois do 2-0, com o Belenenses desmoralizado e sem rumo, foi possível fazer uma gestão inteligente do plantel com vista à estreia na fase de grupos da Liga Europa. Uma gestão que beneficiou não só os jogadores que saíram, mas que também moralizou os que entraram, permitindo-lhes ganhar minutos de competição e participar numa vitória importante sobre um adversário tradicionalmente complicado.


4 Maxi Pereira dá mais opções a Jesus
Uma chamada de atenção para o regresso de Maxi Pereira à competição, depois da lesão que o afastou dos primeiros jogos, e para a dúvida sobre de que forma vai Jesus lidar com ele quando recuperar o melhor ritmo competitivo. Por um lado, tanto César Peixoto como Shaffer são excelentes jogadores e ambos dão uma grande profundidade ao futebol do Benfica, mas também partilham algumas limitações no capítulo defensivo, especialmente se confrontados com adversários mais exigentes, nomeadamente ao nível da velocidade. Parece-me que Jesus poderá considerar a colocação de Maxi Pereira na direita e a deslocação de Rúben Amorim para a esquerda frente a adversários mais fortes no ataque, especialmente com jogadores rápidos no lado direito. A confirmar mais adiante.


5 Clássicos contarão muito para o título
Se o campeonato continuar tal como está agora, parece-me que o fosso entre os candidatos ao título e as restantes equipas pode cavar-se de uma forma ímpar nos últimos anos. Depois dos empates que marcaram a primeira jornada, tanto o Benfica como o FC Porto impuseram um futebol dinâmico e ofensivo, apoiado em plantéis cheios de opções e com uma qualidade muito superior à média dos adversários internos. A continuar assim, os clássicos, especialmente os jogos entre o Benfica e FC Porto, podem assumir uma importância decisiva na atribuição do título e vão ser jogos muito interessantes de acompanhar.

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