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18 setembro 2009

Crónicas de Carlos Daniel


O melhor Benfica


Por Carlos Daniel in O Record

É curioso fazer o exercício de recuar no tempo apenas uns três meses e comparar com o que é hoje o Benfica. Era o tempo em que a maioria dos analistas procuravam explicar os insucessos da águia com falta de organização e/ou liderança. O tempo em que muitos - alguns interessados diretamente nas eleições do clube - preferiam dizer que Quique Flores tinha sido apenas mais uma vítima da má gestão desportiva de Luís Filipe Vieira e da inexperiência de Rui Costa. Era certo para a maioria dos especialistas que o problema do Benfica era de fundo, estrutural, e não tinha solução a curto nem médio prazo.

Foi por essa altura que aqui escrevi o seguinte: "Contrario a tese mais em voga de que o problema do Benfica não está no treinador. Na minha opinião tem estado mesmo (...) O futuro de Luís Filipe Vieira e Rui Costa depende muito do treinador. Apesar de nada garantir vitórias num clube que tem ganho tão pouco, parece-me que é sorte deles dependerem de Jesus." Repetido hoje parece uma banalidade. Na altura, falava-se mais das gaffes linguísticas do ex-treinador do Braga e duvidava-se que tivesse "estaleca" (gosto desta palavra que é muito futeboleira) para treinar um grande.

Desapareceram também os que falavam da necessidade de muito tempo para construir uma equipa e que isso era impossível de fazer depressa com mais uma série de novos jogadores. Havia até quem jurasse (e um candidato prometeu) que era preciso um treinador para muitos anos, fossem quais fossem os resultados. E que faltavam jogadores portugueses, identificados com a história e a mística do clube. E não poucos riram quando Jesus disse que com ele os homens jogariam o dobro. Aimar joga o dobro, tal como Di María e Cardozo. E até Luisão e David Luiz estão bem melhor.

Pois, é certo que a época ainda mal começou, que os grandes jogos estão para surgir e que a temporada é longa e desgastante mas só por má vontade se pode adiar o reconhecimento do óbvio: há muito tempo que o Benfica não jogava assim e os espetáculos que proporciona são de qualidade em qualquer parte do Mundo. Jorge Jesus conseguiu num par meses o que nenhum dos seus antecessores conseguiu num ano (e Quique teve um ano, como quase todos os anteriores, de quem sempre se disse que deviam ter tido mais tempo, mesmo que, com exceção de Fernando Santos, nenhum o tenha justificado).

O que tem Jesus que os outros não têm? O que é mais decisivo num treinador, como aqui venho repetindo e o nome indica: treina melhor. A um nível top, e internacional, arrisco mesmo dizer, depois do que tenho visto a este Benfica. A época é longa, o mais difícil está para vir, tudo verdade. Mas há três meses apenas, o clube não tinha saída, estava a comprar sem critério e Jorge Jesus era apenas o mais recente candidato a ter o nome na placa de um célebre cemitério de treinadores. Que é dele?

3 comentários:

Carlos Daniel é um grande benfiquista, mas acima de tudo, um bom profissional. É do norte, como eu, terra de homens duros mas que quando se fala no Benfica até os olhos brilham de paixão, pelo clube.

Quando me disseram que o Carlos Daniel era Benfiquista não queria acreditar....pois a sua enorme isenção e independência na condução do porgrama desportivo da RTPN, nunca o deixou transparecer... Agora que soube..., aqui lhe envio um abraço amigo! José Lemos Pinto. Viva o SLB!

Caro José Pinto,

também fiquei com algumas dúvidas, mas nesta viagem a Berlim tive a oportunidade de o ver juntamente com o Sílvio Cervan juntos acaminho de Berlim para ver o jogo com o Hertha.

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