Por Luís Freitas Lobo in A Bola
O trabalho de construção de um treinador também passa muito por perceber os jogadores.
Vejo jogar Ramires no novo Benfica e ainda quase não vi um traço do excelente jogador que vi no Brasil. Ou melhor, o único momento onde isso se soltou foi quando, no lance do segundo golo do Benfica ao Ajax, saiu da prisão do flanco direito e iniciou a jogada, mais recuado, desde posições mais interiores, meia-direita, descaindo depois para a ala. Onde leu o espaço de circulação e iniciou a viragem de jogo. É este o melhor Ramires. Que não é, longe disso, um ala. É, antes, o tipo de jogador que sai desde trás da zona de pressão com a bola e joga de dentro para fora e quase nunca de fora para dentro. Isto é, do interior para o flanco, em vez da faixa para o centro. Por isso, neste Benfica, jogando tão aberto, é difícil soltar as suas melhores características (tácticas, físicas e técnicas). Se passar a jogar mais por dentro, sendo o lateral, por principio, a dar profundidade, Ramires ficará mais perto do seu habitat. E, claro, do seu melhor futebol.
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