Quem é Jorge Jesus por Slb-Ag em 2009-06-15 in SerBenfiquista.com Jorge Fernando Pinheiro de Jesus, nascido na Amadora, de 54 anos, começou como muitos outros treinadores por ser jogador de futebol. Neste caso, com relativo sucesso: como médio direito, cumpriu a sua formação no Sporting – clube, dizem os seus mais amigos íntimos, do seu coração – até ser sénior, onde foi emprestado ao Peniche, da II Divisão (em 73/74) e ao Olhanense, na sua última temporada no escalão maior do nosso futebol (74/75) até esta época, onde fez uma excelente época como titular indiscutível – 29 jogos e 5 golos. No ano seguinte foi integrado no plantel principal do Sporting, onde pouco jogou (12 jogos, apenas 1 como titular), e marcou um golo. Dispensado no final dessa época, viria a jogar no Belenenses (12 jogos), depois Riopele (na única presença desta equipa na 1ª Divisão), Juventude de Évora (II Divisão), União de Leiria (na estreia no escalão maior). Em todas estas equipas, Jorge Jesus esteve apenas um ano; seguiu-se o V. Setúbal, onde permaneceu três épocas, de 1980 a 1983. Ainda na 1ª Divisão, Jesus jogou no Farense, na época 83/84, clube no qual seria treinado por um dos decanos do futebol nacional e que na altura estava a iniciar a sua carreira como treinador: nada mais nada menos que Manuel Cajuda. A partir de 1984, a carreira do novo treinador do Benfica entrou em declínio: em 84/85 esteve no Atlético, depois dois anos no E. Amadora, clube da sua terra, ainda na 2ª Divisão; em 87/88 “despromovido” para o Benfica de Castelo Branco, um ano depois, também na 3ª Divisão, o Almancilense, clube algarvio onde Jesus termina a carreira. Imediatamente, começa uma carreira como treinador. E a primeira aventura chamou-se Amora, que nessa época de 89/90 faz sensação e termina o campeonato em 3º lugar. No ano seguinte, o clube passou a fazer parte da nova II Divisão B, e o clube finaliza a prova em 6º lugar. 91/92 marca o primeiro grande feito de Jorge Jesus como treinador: o clube sobe à Divisão de Honra, dominando completamente a prova, sendo campeão da Zona Sul, com alguns jogadores conhecidos, como Justino, ex-treinador de guarda-redes do Benfica na era Fernando Santos, Tó Sá ou Raúl Oliveira, com que Jesus trabalhou no Amadora, 6 anos mais tarde. Porém, na época seguinte, o Amora mostra que ainda não estava preparado para desafios mais altos e acaba mesmo por descer de divisão, terminando a 1 ponto da salvação. Porém, é digno de registo o excelente percurso na Taça de Portugal, onde só foi eliminado pelo Benfica (5-0 na Luz), nos quartos-de-final. Tal percurso como treinador chamou a atenção para os dirigentes do Felgueiras, e, a meio da época 93/94, Jorge Jesus assina pelo clube local, começando a construir as bases de uma equipa que no ano seguinte consegue concretizar o sonho do clube de subir á Primeira Divisão. Mas tal como no Amora, Jesus e a sua equipa permanecem apenas um ano no escalão principal, mesmo depois de uma primeira volta sensacional, em que terminam em 10º lugar. Jesus acabaria mesmo por sair, porém, em 96/97, com a saída de Inácio para o Marítimo, regressa a Felgueiras, onde falha o regresso á Primeira, “morrendo na praia” em 4º lugar. Começaria a época seguinte, mas resultados pouco satisfatórios – meio da tabela – fizeram-no sair para um União da Madeira altamente instável, garantindo aí a manutenção na II Divisão, mesmo não terminando a época – não fez os últimos 3 jogos. Nesta altura parecia que a carreira de Jesus estava em declínio, porém, o E. Amadora fica órfão de Fernando Santos, autor da melhor classificação de sempre do clube dos arredores de Lisboa na 1ª Divisão - 7º lugar. Jesus assina por duas épocas e dá continuidade ao trabalho desenvolvido, terminando ambas as épocas em 8º lugar, sendo que na primeira chegou mesmo a lutar pela UEFA, caindo nas jornadas finais. E foi aqui que se consolidou como treinador de topo, lançando jogadores como Jorge Andrade e Miguel. Como momentos altos, um empate contra o FC Porto em 98/99, em que não ganhou apenas porque Mário Jardel marcou no último minuto. Em 99/00 destaque para a vitória por 3-0 face a um Benfica que acreditava no título. Mesmo assim, aceitou treinar um Setúbal despromovido, em 2000/01, substituindo Rui Águas ainda no início da época e garantindo a subida dramaticamente na última jornada, afastando o FC Maia do sonho da Primeira Liga. Na época seguinte, não foi feliz, e saiu do Setúbal a meio da temporada, com a equipa abaixo da linha de água, mesmo com jogadores que se revelaram no clube sadino como Jorginho, Paulo Ferreira, Hugo Alcântara (trabalhou depois com ele em Belém) e Marco Ferreira. Regressaria a meio de 2001/02 para o Amadora, onde falha a promoção por pouco e no ano seguinte é despedido mesmo com a equipa em 3º lugar, a alguns jogos do fim. Em 2003, Pimenta Machado, vê o seu Guimarães mergulhado nos últimos lugares, e aposta em Jesus em detrimento de Augusto Inácio. Mesmo sendo muito contestado, Jesus garante o 14º lugar, salvando o Guimarães da descida de divisão. Importa dizer que Jesus foi espectador da triste morte de Miklos Fehér, no Guimarães – Benfica dessa época. Porém, não ficaria para a época seguinte, uma vez que foi eleita nova direcção no clube minhoto. É aqui que surgem as primeiras “zaragatas” com o seu rival Manuel Machado, que lhe sucedeu no cargo. Jesus aceita, a 7 jogos do final de 2004/05, salvar o Moreirense duma descida quase certa, o que não consegue, mas fica a ideia de com mais tempo, era possível salvar o clube da descida. Jesus fez 9 pontos em 7 jogos, incluindo um empate caseiro com o FC Porto. Mais uma vez, uma nova época começa para o novo treinador dos encarnados desempregado, mas rapidamente volta ao activo, pegando num Leiria enterrado no último lugar, à 5ª jornada, sem qualquer golo marcado. Faz uma recuperação sensacional, termina 2005/06 no 7º lugar. Na retina fica uma vitória por 3-1 face ao Benfica, no Magalhães Pessoa. É contratado pelo Belenenses para as duas temporadas seguintes, na altura, o clube estava despromovido, mas seria repescado em virtude do caso Mateus, em troca com o Gil Vicente. Com um plantel formatado para a Liga de Honra, Jesus consegue o milagre de terminar em 5º lugar, chegando mesmo á final da Taça de Portugal, perdendo-a nos minutos finais. Na época seguinte, a penalização de 6 pontos em virtude da inscrição de Meyong atirou com o Belém para o 8º lugar, mas fica para a história uma equipa tacticamente muito culta, com jogadores como Ruben Amorim (que reencontra agora na Luz), Rolando, Hugo Alcântara, Rodrigo Alvim, Amaral, Zé Pedro, Silas e Weldon a serem elementos preponderantes na manobra da equipa. Seguiu-se na última temporada o seu maior desafio: treinar um Braga europeu e ambicioso. E foi bem sucedido: garantiu o objectivo europeu ficando em 5º lugar, mas o grande destaque vai para o percurso europeu brilhante, vencendo a Taça Intertoto e chegando até aos oitavos-de-final da prova, vencendo equipas como o Portsmouth e o Standard de Liége, e perdendo no último minuto contra o gigante Milan – já na época anterior, com o Belenenses perdeu tangencialmente com o Bayern Munique. Numa equipa atacante, com um 4-1-3-2, na qual Luis Aguiar era o maestro da equipa, bem secundado por elementos como Vandinho, Meyong, Renteria, César Peixoto e Alan. Jorge Jesus tem agora pela frente o seu maior desafio: treinar um grande clube com ambição de ganhar títulos. Conseguirá fazer do Benfica uma equipa ganhadora? Fica a dúvida, mas temos a certeza que iremos ter para o ano, bom futebol na Luz, uma equipa de ataque e tacticamente muito forte. E é assim que se fazem grandes equipas e se conquistam títulos… Bem-vindo Jorge Jesus, e as maiores felicidades!
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2 comentários:
Pelo currículo podemos ver que é uma pessoa que não vira o corpo a grandes desafios.
Votos de Muito Sucesso no PROJECTO SLB!
Bom FUTEBOL!!!!
É isso que queremos!!!!
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