Só mesmo o Sporting é capaz de animar um clube deprimidíssimo com a demissão de Fernando Gomes, o castigo a Bruno Alves, e a contratação falhada de Kléber. É natural, portanto, que nos próximos dias os responsáveis do FC Porto exibam uma injustificada euforia e sensação de bem-estar: é sinal de que estão ainda sob o conhecido efeito antidepressivo de uma vitória sobre o Sporting. O Bayern de Munique da época passada que o diga - depois dos 12 a 1 das duas mãos, acabou humilhado pelo Barcelona e falhou o título nacional. Tal como muitas substâncias psicotrópicas, as goleadas ao clube de Alvalade escondem muita coisa. Depois, o efeito passa rapidamente. É nessa altura que uma vitória sobre o Sporting já não chega; têm que ser duas, para se obter a mesma sensação. Se um clube não tem cuidado, acaba a bater à porta da Academia de Alcochete, a mendigar quadrangulares de pré-temporada.
Do lado do Sporting, teme-se que os jogadores tenham ficado traumatizados com a goleada de terça-feira. Foi, por exemplo, a segunda tareia que Liedson levou no espaço de quinze dias. A única vantagem é que agora se percebeu de quem Carvalhal falava quando dizia que já havia por aí muita gente assustada com as novas contratações do Sporting - eram os adeptos do Sporting. Apesar de tudo, os dados disponíveis no final da partida indicavam que os jogadores do clube de Alvalade correram mais 5 km do que os jogadores do FC Porto. O que os dados não dizem é que isso se deve à distância que Rui Patrício teve que percorrer para ir buscar as cinco bolas ao fundo da baliza.
Por fim, não podia terminar sem me solidarizar com a indignação que grassa no Sporting de Braga, a propósito dos castigos de Vandinho e Mossoró. Definitivamente, o FC Porto tem que ir à Liga dos Campeões na próxima época.
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