Sem espinhas

Se dúvidas houvesse sobre a recuperação do futebol do Benfica, o último fim-de-semana deixou tudo um pouco mais claro. Em jogo jogado o Benfica foi superior ao seu adversário em todos os aspectos. Voltou a apresentar um futebol objectivo e bonito mas acima de tudo com muita intensidade. O Benfica soube ser quase sempre uma equipa personalizada e pressionante, mesmo no meio campo adversário. As soluções do nosso jogo ofensivo foram evidentes com Saviola, Aimar, Carlos Martins e Coentrão a municiar um ataque onde pontificou Kardec, ainda sem ritmo e algo inadaptado, mas sempre voluntarioso. Para quem já não acreditava neste Benfica, para quem vaticinava uma das piores épocas de sempre, sim porque foram por demais evidentes as análises ao pior arranque de campeonato com três derrotas nas primeiras jornadas, para quem previu um descalabro na baliza do Benfica, parece que ficou claro que com apenas um terço de prova cumprido, o nosso clube continua na luta pela revalidação do titulo nacional.Nesta conjuntura favorável em que FC Porto e Sporting perderam pontos nos seus respectivos jogos, um único senão para a moldura humana que coloriu o nosso jogo contra o Sp. Braga. Contava encontrar um Estádio praticamente cheio para apoiar o Benfica e ajudar a nossa equipa a chegar aos lugares cimeiros da classificação. Infelizmente o Estádio não encheu mas aqueles que compareceram merecem o meu mais vivo aplauso pelo entusiasmo que demonstraram ao longo de toda a partida, ajudando, e de que maneira, os nossos jogadores a transporem mais um obstáculo difícil.

Nota final: que tristeza foi ver e ouvir Villas Boas no final da partida de Guimarães a queixar-se do árbitro. Eu que vi um pénalti claro contra o FC Porto, que ficou por assinalar, e ainda uma dualidade de critérios (quase sempre a favor do FC Porto), que devia fazer corar de vergonha os Clérigos portistas. Ao primeiro desaire e a desorientação chegou ao Dragão...

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