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31 agosto 2010

A análise de JVP Benfica-Setúbal

Por João Pinto in O Jogo

1
Jesus jogou pelo seguro ao apostar em Júlio César

É inevitável começar a análise deste jogo pelo assunto guarda-redes. A entrega da titularidade a Júlio César, num jogo teoricamente mais fácil do que os anteriores, foi uma aposta de Jorge Jesus de jogar pelo seguro, não fosse o diabo tecê-las… Dessa forma, não só estaria a salvaguardar Roberto como também a dar uma oportunidade a outros que tinham direito a reclamá-la, face ao que sucedera ao espanhol. Ironia do destino, a oportunidade foi dada, mas ao próprio Roberto, que, em parte, se redimiu dos jogos anteriores.

2
Redenção de Roberto foi apenas parcial

Não me parece, contudo, que a redenção de Roberto tenha sido completa, pois o lance de penálti tem uma importância relativa e durante o resto do jogo não deu para ver mais nada do Roberto - aquele livre directo no final do encontro foi à figura. Defender o penálti foi obviamente importante para o guarda-redes e também para Jorge Jesus, que, ao deixá-lo no banco, dera razão às críticas que lhe tinham sido feitas. Mas depois de duas derrotas para a liga portuguesa e outra na Supertaça, não podia arriscar.

3
Culpas repartidas no penálti e um Setúbal decepcionante

A culpa do penálti deve ser, a meu ver, repartida entre Maxi Pereira e Júlio César. É evidente que houve desconcentração e falta de comunicação entre os dois, e isso acabou por proporcionar aquele que poderia ter sido um momento importantíssimo no encontro se o Setúbal tivesse feito o empate, uma vez que ficaria a jogar contra dez. A verdade é que o Setúbal fez muito pouco para alterar as coisas, e devo dizer que fiquei desiludido com a equipa de Manuel Fernandes, que tinha a obrigação de fazer mais. Veja-se os pouquíssimos remates que fez na segunda parte: um aos 48 minutos, por Ney, e depois só o livre directo, nos últimos minutos, à figura de Roberto! Noutros jogos de equipas que subiram este ano, caso do Portimonense, vi mais do que aquilo que o Setúbal mostrou ontem. A jogar contra dez, foi uma equipa resignada, desconcentrada e pouco ou nada fez para mudar os acontecimentos. Nem mesmo para empatar!

4
Benfica controlou sempre o jogo

O Benfica apresentou-se de início com um onze bastante ofensivo, com um quarteto de médios em que apenas um (Javi Garcia) tem características defensivas, mas isso não constituiu uma surpresa - vinha de três derrotas consecutivas e recebia o Setúbal, uma equipa bastante mais fraca. O Setúbal ganhara na Madeira, ao Marítimo, num jogo em que fez apenas dois ou três remates e marcou um golo; e o empate com o Braga explica-se porque teve a sorte do jogo. E a verdade é que o Benfica, mesmo em inferioridade desde os 22 minutos, controlou o jogo como quis. Em determinados momentos deu a sensação de que havia um domínio repartido em termos de posse de bola, mas o Benfica nunca perdeu o controlo. Pelo contrário, o Setúbal nem a perder conseguiu reagir - e não só por mérito do Benfica, mas também por demérito próprio.

5
Vitória importante para moralizar os jogadores

Em termos anímicos, era fundamental para o Benfica ganhar este jogo, até por se seguir uma paragem por causa das selecções. Foi a primeira vitória e, mesmo sendo esperada, é sempre importante para moralizar os jogadores. Foi o que aconteceu ao Sporting, que depois do primeiro triunfo, mesmo tendo sido um jogo sofrido, conseguiu dar a volta a uma eliminatória em que perdera a primeira mão por 2-0. Mesmo num encontro em que as probabilidades estão a favor, é importante vencer, e o Benfica precisava disso mais do que tudo. Venceu merecida e categoricamente, teve bons lances e alguma sorte, mas tudo fez para ganhar.

6
Gaitán está a ganhar o seu espaço

Mesmo não tendo havido ninguém claramente acima dos demais, gostaria de destacar Gaitán, essencialmente por ter chegado há pouco tempo e ter uma grande margem de progressão. Havia alguma curiosidade em relação a este reforço do Benfica, e ele mostrou ter bom toque de bola. Percebia-se que é bom jogador, mesmo não tendo chegado no melhor período do Benfica. Está ainda a conhecer a equipa, a cidade e o próprio campeonato português, mas as duas assistências que fez ontem foram decisivas. Foram importantes para o Benfica ganhar, mas também para ele encontrar o seu espaço na equipa e conquistar a confiança dos colegas.

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