O elogio da diferença
Por Vítor Serpa in A Bola
Dois jogos, apenas, no curto percurso de Jorge Jesus como técnico do Benfica e, independentemente de resultados, já uma ideia clara de mudança profunda.Este Benfica está diferente no tempo e no modo.
Tornou-se uma equipa activa com e sem bola, o que marca, desde logo, uma mudança decisiva para a equipa de Quique. Procura pressionar em todo o campo, diminuir espaços ao adversário, obrigá-lo a ter menos tempo a bola. Há quem diga que o Benfica pode não ter jogadores suficientemente resistentes, porque fisicamente frágeis, para tão grande exigência. Penso que é uma falsa questão. Hoje em dia, uma equipa de alto nível competitivo, ou joga assim, procurando a bola no campo todo, ou, pura e simplesmente, não pode jogar em qualquer prova com um mínimo de exigência competitiva.
Mas também muita coisa mudou, quando a equipa tem a bola. Mais versátil, mais perigosa.
Desde logo, porque tem Aimar com espaço suficiente para expressar a sua inquestionável qualidade de jogo. Também porque passou a ter Saviola ao lado de Cardozo, o que garante maior probabilidade de golos.
Em dois jogos apenas, e numa fase muito inicial da sua preparação de época, torna-se, assim, possível prever um Benfica diferente, com outro dinamismo e outro conceito, mais moderno e provavelmente mais eficaz, de jogo. Garantir que assim será durante toda a época, dependerá também dos intérpretes. Percebe-se que a equipa ainda tem alguns desequilíbrios e que precisa de garantir estabilidade nos momentos em que precisar das suas segundas linhas.
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