Crónicas

Descalabro arrancou na Trofa e não mais... desapareceu

Quique Flores não deverá tão cedo esquecer a noite do dia 4 de Janeiro deste ano. Os encarnados sofreram, na Trofa, a primeira derrota no campeonato, e jogadores, responsáveis e o próprio técnico espanhol deixaram o estádio sob forte contestação, aí começando o descalabro que na última jornada afastou definitivamente as águias do título, deixando a Liga dos Campeões como pouco mais do que uma miragem.Os números não mentem. À partida para essa azarenta 13.ª jornada, os encarnados lideravam o campeonato, tinham 24 golos marcados e apenas 10 sofridos. E, contando já com o referido desaire na Trofa, o emblema da Luz chegou depois à mão-cheia de derrotas na Liga, pois seguiram-se maus resultados contra Sporting, Guimarães, Académica e, recentemente, Nacional.

Notório é também o facto de, em 15 jogos - mais dois do que os realizados até à Trofa -, os pupilos de Quique Flores terem marcado menos dois golos e sofrido mais oito, sinal da menor eficácia da equipa a todos os níveis.

Mas mais significativo do que qualquer um destes dados foi o verdadeiro "naufrágio" da equipa. Afinal, o emblema da Luz levava, na viagem para a Trofa, a liderança do campeonato e no final da jornada já era segundo classificado, pois a vitória do FC Porto deixou os dragões na liderança, com mais dois pontos que os encarnados. E se, mesmo assim, a diferença para o primeiro classificado era curta nessa altura, hoje em dia cifra-se já em 11 pontos, com o título impossível até na calculadora.

E o acesso à Liga dos Campeões - objectivo mínimo para os benfiquistas - assume cada vez mais contornos de miragem. Afinal, são cinco os pontos de atraso para os leões, quando estão apenas nove em disputa.

Antes da Trofa

J V E D GM GS

12 5 7 0 24 10

1.º

(POSIÇÃO NA LIGA)

2 pontos de vantagem sobre o 2.º

Depois da Trofa

J V E D GM GS

15 8 2 5 22 18

3.º

(POSIÇÃO NA LIGA)

a 11 pontos do líder e a 5 pontos do 2.º

FILIPE PEDRAS in O Jogo

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